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Leitura em Cena

O projeto Leitura em Cena existe já há 3 anos no CG. Foi pensado para que os alunos de primeiro ano possam apreender o conteúdo de uma forma prazerosa. Nesse projeto, os estudantes fazem apresentações artísticas com base nas obras indicadas pelos professores de Códigos e Humanas. A maioria dessas obras estão listadas na Matriz de Objetos do PAS/UnB, mas, por vezes, se integram a outros conteúdos do currículo da série.

A primeira apresentação do dia contou a história de uma adolescente viciada em drogas e com sérios problemas de relacionamento com a mãe.

Em sala de aula, a estudante, junto ao resto da turma, assiste a uma aula sobre as pirâmides astecas. Já nesse momento vivencia-se o drama dos prisioneiros de guerra desse povo da América Central, que após inúmeros testes, eram sacrificados em rituais.

Já na vida real, a adolescente decide se prostituir para sustentar o vício e, em uma discussão intensa sobre amor, criação e doação, a cena final da peça emocionou o público, com a música Canção Desnaturada, de Chico Buarque.

A belíssima interpretação ao vivo da música de Chico perfeitamente encaixada ao momento arrancou lágrimas do público e coroou a peça.

1A emociona plateia com drama entre mãe e filha

1B encanta o público em uma viagem surreal pelo mundo de Frida Kahlo

"Encantadora" é a palavra que define esse espetáculo com o qual o 1B apresentou a plateia.

A peça começou com um duelo de rimas entre dois rappers, um menino e uma menina, e já anunciava a temática da apresentação: gênero e feminismo.

A história de um casal em que a mulher, grávida, vivia infeliz pela inércia de seu companheiro foi mudada após uma imersão desse homem no mundo de Frida Kahlo através de um sonho. 

Entrou, então, a magia surreal em ação. Em uma perfeita colocação dos personagens em cena, cuidadosamente caracterizados, vimos o protagonista viajar pelo mundo de autorretratos da pintora mexicana guiado pela própria Frida falando em espanhol!

Esse sonho mudou a vida do personagem, que saiu da inércia em que se encontrava pelo desejo de mudar a vida da própria filha que estava para nascer.

Quem assistiu à peça também sentiu o poder da transformação que um espetáculo bem feito exerce na vida dos espectadores.

1D diverte o público "tirando onda de Camaro amarelo"

A última turma a se apresentar tinha a missão de criar um diálogo entre os vitrais da Igrejinha, criados por Henri Matisse, e a música Camaro Amarelo, de Munhoz e Mariano e propuseram, então, discutir a relação entre o "ser" e o "ter".

Assim, o protagonista conheceu uma bela mulher enquanto trabalhava com os vitrais na igreja.

Como é cantado na música, ela o esnobou, depois ele ficou rico, a convidou para jantar e, após se certificar do interesse material da jovem, ele a humilhou. 

Se, por um lado, o grupo pecou pela obviedade da trama, por outro, divertiu o público em uma apresentação animada e carismática.

Ponto para eles!

1G alia religiosidade a saudosismo

Era difícil a missão, mas a turma conseguiu conectar os azulejos de Athos Bulcão à música Cuitelinho. Para isso, propôs uma peça em que os cantores dessa música de raiz faziam parte do grupo de operários que trabalhou na construção da capital.

Como a igreja foi resultado de uma promessa feita por por dona Sara e Juscelino, a religiosidade também esteve bem presente na peça.

Alguns problemas técnicos prejudicaram a sequência narrativa, mas o cenário da igreja, muito bem feito, e o cuidado com a variedade linguística aliada à expressão saudosista do cantor de Cuitelinho ajudaram a equilibrar a balança.

1F tematiza exploração infantil

Partindo da obra Crianças de Açúcar, de Vik Muniz, a peça contou a história de um pai desempregado cuja filha, criança, começa a vender bala no sinal para o ajudar. Nessa vida ingrata, ela recebe uma proposta para se prostituir em um clube noturno. Em dado momento, o pai vai a esse mesmo clube e a tensão toma conta da plateia. Ficamos aguardando o momento em que o pai encontraria a própria filha trabalhando ali e esse momento aconteceu. O problema é que a peça parou justamente aí. A famosa “DR”, pela qual os espectadores esperavam, não aconteceu e deixou um vácuo no ar.

Isso não desmereceu o resto da apresentação, que foi impecável, mas com certeza teria sido a cereja do bolo!

1C encerra o Leitura em Cena com chave de ouro

1E entrevista Chico Buarque em talkshow

O grupo propôs um formato prático, pela facilidade de conectar os assuntos, já que funciona no modo “pergunta-resposta”.  Além de entrevistar Chico Buarque, também trouxeram ao palco o filho de Mauritius Escher, que serviu de link para falar das obras desse mestre.

A apresentação contou com representações ao vivo de alguns temas que eram discutidos na entrevista, como a briga da irmã de Chico, Ana, com seu marido, da qual originou uma música dele e com as inspirações de Escher.

Infelizmente vários problemas de bastidores, aliados a algum improviso, prejudicaram a apresentação. Com um pouco mais de ensaio, a turma teria tido maior comunhão e o espetáculo, por consequência, teria sido bem melhor. Fica a dica para os próximos anos!

“Rápido e eficiente” foi a observação dos avaliadores da peça. A turma entrou no palco com a tarefa de juntar Las muchachas de Copacabana com o Teatro Nacional. Optou por contar uma história também muito conhecida, que é a do casal apaixonado que entra em crise quando o rapaz descobre que a namorada trabalha como garota de programa. O edifício do Teatro faz parte da história do casal e está todo o tempo como pano de fundo nos momentos decisivos.

Parece muito simples, mas foi aí que entrou a atuação do locutor. Ele fez as devidas apresentações das obras, falou de sua história, e como elas seriam tratadas, e finalizou com a frase que conectou todos os elementos da peça: “O Teatro tem história, a garota tem história, os dois devem ser valorizados”.

Parabéns ao grupo!

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